3 de outubro de 2007

Naves arquitectónicas



- O único que vi na faculdade de arquitectura da Junqueira a projectar uma nave - talvez até mais do que uma - sem se refugiar em pseudo-relações com o lugar, com o sítio.

- A nave era afirmada como tal, não apenas como objecto, como muitos outros fazem, mas como um itinerário que conduz o indivíduo a motivantes sequências espaciais - alguém as apelidaria pomposamente de "narrativas espaciais"...

- Estas naves acabavam por transformar o sítio proposto numa apetecível rampa de lançamento para o espaço sideral.

- Olhando para trás, e para o seu percurso académico, tudo - ou quase tudo - é coerente no processo de procura/busca espacial.

- A regra está sempre presente, não de forma castradora, mas como uma matriz que , orientando e racionalizando um processo criativo, lhe confere a desejável - e quase sempre alcançada - flexibilidade entre a razão e a paixão...atenção, pois estou aqui a escrever apenas sobre a actividade de projecto de alguém! Quanto ao resto, tenho sérias dúvidas. Mas, voltando ao que interessa, como diria alguém galardoado com uma menção honrosa nesse evento a que muitos insistem em chamar de "trianal", trata-se sobretudo de "boas opções projectuais".

- Só ao fim de 5 anos, catalizado pelo álbum "Stratosfear" (1976) dos Tangerine Dream, consegui finalmente escrever estes breves e descomprometidos apontamentos de um percurso académico que não o meu.

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