23 de outubro de 2007

A ciência terá limites?



Para os interessados cá do burgo, fica a dica para uma conferência a decorrer nos próximos dias 25 e 26 de Outubro na Fundação Calouste Gulbenkian, com especial atenção para a sessão de abertura, onde irá estar presente George Steiner. Quem não puder estar presente, pode assistir online através do seguinte endereço: http://live.fccn.pt/fcg/#

2 comentários:

aa disse...

Desde já agradeço-te teres colocado a informação (você é que é o prelsidente!); quanto à pergunta, penso que a resposta óbvia (provavelmente impulsiva) seja "Não, a ciência nunca estará à beira dos seus limites", talvez por precisamente tender para mais infinito... a comparação com a Arte é semelhante, há quem diga que morreu, que a arte conceptual matou a Arte, mas creio que esses pensamentos são o resultado directo(?) de uma época de transição para um ponto de rotura, de uma época sem referências e que é autofágica em relação ao seu passado contextualizante. É comum, hoje, a co-existência de realidades antagónicas e descontextualizadas, numa amálgama amorfa de sentidos perdidos, tudo é disponível, nada é percepítivel a fundo, tudo se conhece e nada se sabe. A realidade é que, quando "na festa" é mais fácil perceber que iguarias se encontram na mesa do que ter a hipótese de prová-las a todas, em adição a percepção gestáltica desse todo de sentidos é apreendida enquanto um súbito estado de indisposição momentânea ou mesmo total falta de apetite - é isso que acontece Hoje. Toda a oferta, toda a vivência lado a lado de tudo em simultâneo cria essa tremenda "indisposição", essa total renúncia à escolha e esse progressivo ALIENAMENTO da sociedade em caminho à individualização auto-flagelante.
Um fim da filosofia se pede em ordem a uma nova ordem, a um novo começo.
A propósito, segundo o calendário Maya de Palenque (cidade do túmulo do Rei Pacal, viajante estelar numa suposta nave interplanetária), o ano de 2012 será o fim do mundo conhecido e a entrada num novo ciclo, o último ciclo coincide quase exactamente com a extinção dos dinossauros, incluindo uma precisão científica em respeito a eclipses e outros fenómenos cósmicos como o cruzamento de cometas no sistema solar, pelo que não será uma completa parvoíce, deixo a proposta.

aa disse...

...se a realidade é a MINHA realidade, então o limite da ciência é UM INTEGRAL.