11 de novembro de 2007

Domingo


Hands, 1941, Horst P. Horst


Questionado sobre uma eventual "patuscada" para o dia de hoje, um funcionário da Papelaria Fernandes do Chiado respondeu para o seu interlocutor com um "Epá não, Domingo é dia do lazer".

Ora, nada melhor que aproveitar o Domingo, coincidente com o dia de S. Martinho - como eu adoro a tradicional frase "vai à adega e prova o vinho", quase sempre proferida num repugnante tom de chico-esperteza - para fazer aquilo que, em Portugal, já vai sendo regra e não uma excepção: entrar para o livro do Guinness dos recordes.
Há uns anos atrás foi a mega-feijoada, agora é o mega-magusto, a celebrar na Praça do Comércio.

Quanto a mim, neste dia de agua-pé e castanhadas, preferia o contacto da pele, o toque e o cheiro. Bom, mas isso também se pode sentir com a caracterítica javardice das mãos daqueles que as vendem "quentes e boas"! Por hoje, já me chegaram as mãos encardidas do vendedor de jornais, que cuidadosamente confirmavam 40 cêntimos em moedas de 0.01€ e0.02€.
Alguns hão-de pensar "olhó menino à procura de sensualidade no dia de S. Martinho!".
Sim.

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