O Ian Anderson (Jethro Tull) em tempos disse que, caso os Led Zeppelin tivessem outro vocalista (ele próprio!), seriam a melhor banda do mundo, porque já tinham o guitarrista (Page), baterista (Bonham) e baixista (Paul-Jones). Caso se consigam abstrair do facto do Robert Plant parecer um clone farsola da Janis Joplin, e caso se abstraim também de uma certa ambiência folk/foleira de algumas das suas canções, poderão apreciar outras coisas que, aí sim, talvez os Zeppelin tenham sido pioneiros. Por outro lado, poucas bandas se podem orgulhar de apenas ter produzido álbuns que se tornaram clássicos; do início ao fim, álbuns audíveis do início ao fim, sempre com POWER, com um pouco de tudo... talvez lhes faltasse a conceptualidade de uns Jethro Tull, ou mesmo Pink Floyd, mas os Led Zeppelin foram apenas ROCK.
Este No Quarter leva-me mesmo para outra dimensão... é verdade que a bateria às vezes quebra essa viagem, e também é verdade que a voz me faz pensar que estou num mercado de fruta e vegetais na Inglaterra rural... mas é como se as carroças e hortaliças se elevassem no ar e começassem a libertar gases púrpura, levando-nos numa tripe psicadélica sideral.
(a descobrir o filme "The song remains the same", retrospectiva dos 4 primeiros álbuns mais "Houses of the Holy", por muitos a fase mais interessante desta banda, contudo saliento o "Physical Graffiti", genial; no filme a versão do No Quarter apresenta um Jimmy Page a "tocar violino", na guitarra eléctrica...)
"os Led Zeppelin juntaram-se em estúdio para ver se ainda conseguiam tocar (...) Jimmy Page partiu um dedo mas o resultado deu origem a uma reunião num próximo concerto em Inglaterra..." in Única, Expresso
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