Como gatos quentes e macios enroscam-se em nós, as desilusões, fazendo-nos sofrer até nos partirem os ossos, provocando-nos olhares de desdém, num misto de autoridade e condescendência invadem-nos a cabeça de sentimentos de tristeza, insegurança e inferioridade, para no fim, deixarem-nos sem nada...outra vez....
Entre os maus dias e os outros que passam, suportamo-las às costas, à espera que o mundo acabe com elas, implodindo dentro de ti, para me fazer esquecer, esmorecer-te, aniquilar-te dentro mim...
Agora que eu estou assim aqui a pensar em ti, percebi!
Não és real, eu e que te faço assim, só existes dentro de mim.....
Importante, indiferente ausente! Digo que me afectas que me consomes, numa emoção falsa, finjo que ainda gosto de ti.
Entre os maus dias e os outros que passam, suportamo-las às costas, à espera que o mundo acabe com elas, implodindo dentro de ti, para me fazer esquecer, esmorecer-te, aniquilar-te dentro mim...
Agora que eu estou assim aqui a pensar em ti, percebi!
Não és real, eu e que te faço assim, só existes dentro de mim.....
Importante, indiferente ausente! Digo que me afectas que me consomes, numa emoção falsa, finjo que ainda gosto de ti.
3 comentários:
Não gostas deste jogo, de viver no arame? Do equilíbrio precário?
Não te gostas de convencer de um monte de mentiras, enquanto no fim, partilhas um cigarro? Adoro a forma como finges acreditar. Anima-te, depois de ti, à sempre uma próxima presa!
Finjo que gosto de ti assim… sacana como eu!
Gostei imenso deste texto. Continua a escrever assim.
Porque os "bons textos" têm esta capacidade estranha de parecer que saem de dentro de cada pessoa que os lê.
Porquê olhares de desdém? Haverá algo mais bonito do que sofrer por amor… qualquer tipo de amor… mesmo que por um amor que não exista mais… que talvez, quem sabe, nunca tenha existido… pelo menos fora da nossa cabeça… ou será coração? Não interessa! É bonito na mesma… mesmo que seja falso… é o nosso selo de qualidade, a prova de que não somos máquinas!
Sem nada?!?! Como sem nada?!?! Tal como dois mais dois são quatro (vá-se lá saber porquê), uma invasão de tristeza, insegurança e inferioridade deixa tudo menos um vazio. Só se por vazio quiseres dizer uma espécie de prédio destruído e pronto a ser substituído por outro… novo… novinho em folha... com menos falhas que o anterior… se bem que longe de perfeito… mas com os arquitectos não se pode contar… e com os engenheiros, então, muito menos! Tanto saber fazer (em português correcto é assim que se diz… eu prefiro know how mas não me deixam…), tanta experiência… como podes dizer sem nada! Herege!!!
Sabes que o mundo não vai acabar com elas, não sabes? Acho que normalmente temos de ser nós a tratar do assunto… se bem que, às vezes, uma ajuda externa… ajude! ;)
«Não és real, eu é que te faço assim»… mas existe alguém real? Será que as pessoas que nos rodeiam são reais ou apenas projecções do que nós achamos que elas são… ou deveriam ser… ou gostaríamos que fossem… nunca sei. Sempre que me desapaixono penso nisso… quando começo a perceber que, afinal, não foi por aquela pessoa que eu me apaixonei… mas sim por outra que eu, egocentricamente, projectei, criei, manipulei, construí!
Fingir que se gosta… interessante! Onde acaba a fronteira do ainda gostar apesar de tudo correr mal e de todos, inclusive nós, acharem que nunca irá resultar e onde começa a fronteira do gostar de alguém que nunca existiu, ou seja, de não gostar… ou de estar simplesmente habituado a gostar de uma criação cómoda?
Agora tenho de ir expedir cartas!
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