8 de dezembro de 2007

Malhas - cold wind to valhalla, jethro tull

Os Jethro Tull foram algo deste género: o Ian Anderson aos comandos de uma Locomotiva, a alta velocidade, levando nas carruagens meia dúzia de dançarinos dos Riverdance, porcos, um jacaré e um bando de pigmeus, para além da já habitual hortaliça, atropelando de rajada o Bob Dylan e o Jonhy Cash ao mesmo tempo.... vruuuuusshhhh!!! - era ver violas e roupagens negras de cowboy a ser esmagadas pelos campónios ingleses em potência, com os poderes ancestrais dos celtas!(metáfora da evolução do folk)

E o Ian Anderson a saltar ao pé coxinho freneticamente, com um canto da boca canta, com o outro toca flauta de forma completamente tresloucada, e, eloquentemente, inflamado, grita imprópérios aos ricos e poderosos, abaixo os senhores industriais!

Para descoberta obrigatória este "Minstrell in the Gallery" e, principalmente, "Aqualung", álbum basilar do rock progressivo e um dos primeiros álbuns conceptuais da história da música popular anglo-saxónica, do princípio ao fim desenvolvido sobre a antagonia "deus/religião", através da personagem do mendigo, encarnado por Ian Anderson, Aqualung. Se não "tiverem medo" nem tenham sentido um arrepio perante a aparente "foleirice" que esta música vos pode parecer, descubram "Locomotive Breath", "Minstrell in the Gallery", "My God", "The Witch's Promisse" ou um "Songs for Jeffrey"...

(os Jethro Tull foram bastante influentes para grande parte das primeiras bandas de rock pós-25-de-abril em portugal, como é o caso dos tardios "Trovante", cujo "famoso" "Menina das 7 saias", ou raio que o valha, é um autêntico PLÁGIO do "The Whistler" - tirem conclusões; mas cuidado, os Jethro Tull também foram conhecidos por influenciar esse estilo duvidoso que dá pelo nome de "Power Metal", ou "metal progressivo foleiro", de bandas como os Rhapsody e afins... se não acreditam escutem o "Broadsword and the Beast", e não, este álbum não é dos Iron Maiden...)

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