31 de dezembro de 2007
28 de dezembro de 2007
já não sei quem era...
Hoje nem a luz de Lisboa me anima.
Perdi-me, olho-me ao espelho e não me reconheço, não sei quem sou...
Uns diriam que estou deprimido, não acredito, sinto-me perdido dentro do meu córtex central, confuso não me encontro, não me revejo. Não sei para onde vou, nem me lembro quem era.
Não estou deprimido, estou revoltado, irritado, perdi-me de mim mesmo.... Ou demiti-me, sem me despedir, para esquecer propositadamente aquilo que achava que era!?
Fui injustiçado, abandonei-me. Agora estou realmente sozinho!
27 de dezembro de 2007
24 de dezembro de 2007
1492(000...)
Foi isso que me sucedeu no ano passado, tendo escapado por uns poucos dias a este “clima”, o chamado “espírito natalício”, a “febre consumista” ou ainda, e talvez mais apropriado, “stress natalício”. Todos os anos sofro de stress natalício e todos os anos cometo os mesmos erros idiotas, como o deixar tudo para a última hora. Mas o que é tudo? É mesmo tudo. Toda a parvoíce que este sistema de consumo nos convida a vestir. Então espero, aguardo, não quero ir já, mas “tem de ser” porque me quero poupar a determinados “stresses” e então lá vou. Poderão vocês dizer um - “vais porque queres e és parvo” – mas eu respondo-vos: vou porque o meu limite de “falcatruas familiares” já foi expirado há muito, e se há aqui uma bela hipótese de, pelo menos através de um acto consciente, amenizar e “passar uma borrachinha” em todos os outros (inconscientes e não-ponderados), eu decido, pela minha saúde, a fazê-lo (não vá o diabo tecê-las).
Ou seja: se passo a vida a fazer merda, tento não a fazer quando me é inteiramente possível - “Mas então porque é que fazes merda? – não faças merda e depois excusas de atender a esses vícios do consumo” – como já disse, a merda é fruto biológico do “estar-vivo”, e eu enquanto ser “vivo” não o consigo ser sem a produzir – sou um ser merdificante, ou antes, um ser merda-edificante, porque a produzo de forma metódica.
Sempre me questionei porque diabo é que esse centro comercial se chama “Colombo”, é que “Vasco da Gama” sempre foi um português CONHECIDO e aceite de forma convencional, apesar de ter sido um filho-da-puta açambarcador de louros de outrém (diga-se Bartolomeu Dias), mas não obstante era um português ao contrário do Colombo nos tempos idos da edificação deste belo centro comercial (o codex, o codex...).
Colombo?
Fosgaaa-se... já estou cansado e ainda nem disse nada. (...) cansa-me o “colombo”, odeio “aquela merda”, entro a correr e saio disparado, pelo caminho bato em pessoas (mas sem querer atenção! – embora na realidade talvez haja um qualquer subconsciente activo no processo), e faço razias, porventura a única coisa que me diverte em ir ao “colombo” nas vésperas do natal – fintar as pessoas, do género desviar-me de alguém tipo "Indiana Jones a escapar das lanças dos índios", zum, zum, e foda-sse que bati na fulana, mas como vou a andar tão rápido ela nem tem tempo de dizer nada (que os anos lhe sejam – à tipa – generosos e justos no sentido de me proporcionar “ondas de remorso” suficientes para alimentar as minhas futuras, e há muito profetizadas, idas ao Psiquiatra).
Fora estas fúteis observações deixo-vos, caros arquitectos consagrados pela universidade (ao menos eu tenho o orgulho de lá ser “persona non grata” hehehe), uma proposta de me explicarem (já que me foi atestada incapacidade profissional ao longo dos anos pelos doutos na matéria), porque razão o “Colombo” me dá dores de cabeça agudas de cada vez que lá vou, provocando-me sensações de desmaio súbito, ecos arrastados no interior dos ouvidos e tonturas?
Gostaria que me ajudassem porque receio vir a tornar-me mais um elemento para a estatísica dos "psico-american-mall-freaks", ou antes, dos “psicopatas dos centro-comerciais”.
Obrigado e um SANTO Natal na companhia do menino-jesus.
23 de dezembro de 2007
20 de dezembro de 2007
18 de dezembro de 2007
Psilocybe Cubensis
...nem Lewis Carroll, nem Walt Disney, para os infelizes da década de 80, este, foi decisivo na iniciática descida ao "submundo da droga" de toda uma nova geração de dróghados - nós.
Cogumelos mágicos que, quando ingeridos, nos possibilitam ver o mundo de perspectivas completamente diferentes; coelhos brancos atrasados para o emprego que insistimos em seguir através dos recantos mais sombrios - tocas? - e um número ilimitado de personagens em situações absurdas (tudo coisas que nunca vimos na vida real...)
Ps1: Fora a genialidade - drógadice? - do Lewis Carroll, a verdade é que isto - alice im wunderland! - era mesmo mauzinho... Mas agora tentem ver o mesmo vídeo bêbedos, o álcool é socialmente aceite..., eu experimentei e juro que - quase - consegui perceber a letra da cantiga que, vos juro, é impecável!
Ps2: Poderemos, ou poderão os arquitectozinhos superstar, dizer o quanto o Zumthor (por exemplo) nos "influenciou" (como esta palavra me enerva... principalmente quando sou eu a usá-la), mas a realidade é que há coisas com uma força muito maior no nosso inconsciente, e essas coisas pertencem à idade da infância. Bem nos disseram para não ver tanta televisão... também me lembro do cheiro da cozinha da avó (senhor Zumthor) mas quando chegavam as 17 horas da tarde eu queria era ver o Brinca Brincando. Temos pena.
16 de dezembro de 2007
O coelhinho está a morrer!
14 de dezembro de 2007
rosado manjerico
Onze da noite, A vida é bela... e o restaurante também, os jarros de vinho, os espinafres e os molhos... e essa luz amarela no contraste do negro, como pinceladas toscas.
- “Vocês sabem quem eu sou?” – uma voz pujante mas arrastada pelo bagaço – “o meu nome é Rosado Manjerico! Eu sou um alentejano!” – fez-se o click, estalou a conversa e (Os) alentejanos prosseguiram noite fora; as raparigas riam, lúcidas, e os “anarcas” escutavam – “Tu és um anarca!” – disse Rosado Manjerico. Ainda lhe respondi que “o meu avô também era alentejano, de Avis”, e enfim, foi ver a verborreia desgarrada de nomes de terras, calão alentejano, “gaiatices” e muengas. Muenga é merda, a propósito. E Rosado Manjerico emitia uma Muenga arrastada pelo bagaço, uma “muêenghaa”, um olhar aquoso, um sorriso de reconciliação com o mundo, e este meu nosso feedback, atónito. Ri-me, revirei os olhos, bebi mais um copo e olhava para o lado – elas choravam, a rir, também, mãos na cara, gargalhadas inconsistentes e pluricórdicas construíam este ambiente surrealista que a Baco devemos. Mas Rosado Manjerico bebia cerveja, não consegui descobrir como, através de uma qualquer técnica ancestral ele bebia-a sem nunca a levar à boca. Sabedoria.
E a sabedoria cresceu noite fora, em conjunto com o aparvalhamento dos seus interlocutores que se deixavam arrastar, de bar em bar, por esta figura carismática que falava numa língua desconhecida, cambaleava e dançava, e nós atrás. Instantaneamente já havia mulheres a dançar, espetando o rabo no ar, esfregando-o em varões metálicos e despindo-se. "Foda-se, mas onde raios nós estamos?" – “Eu já aqui trouxe a minha mulher!” – e estas “mulheres” sentavam-se nas mesas, vestiam roupas fluorescentes e brilhavam no escuro. Eram brutas, nojentas, e os homens olhavam e espumavam da boca.
Afinal é isto um bar de putas...
“Desenha a miúda!” – disse-me Rosado Manjerico – “faz aí um traço!” – e eu fiz. Não consegui perceber quem era essa mulher(?), híbrida, a minha imagem platónica de uma mulher... e quão contrastante era com aquelas personagens circenses!...
“A voz do traço!, nunca se esqueçam!, a voz do traço!” – Rosado Manjerico esfumou-se na noite, o táxi partiu, e adormecemos em qualquer lugar.
Sabes que sim
A culpa perseguiu-o durante algum tempo.
O mal estava feito e pouco havia a fazer.
Ela recuperou, mas com algumas limitações.
Porém, a música nunca parou.
13 de dezembro de 2007
Exercício entre a linguística e o sentimento do “ti”, do “mim” mas principalmente de nós....
Entre os maus dias e os outros que passam, suportamo-las às costas, à espera que o mundo acabe com elas, implodindo dentro de ti, para me fazer esquecer, esmorecer-te, aniquilar-te dentro mim...
Agora que eu estou assim aqui a pensar em ti, percebi!
Não és real, eu e que te faço assim, só existes dentro de mim.....
Importante, indiferente ausente! Digo que me afectas que me consomes, numa emoção falsa, finjo que ainda gosto de ti.
11 de dezembro de 2007
10 de dezembro de 2007
paranoid park
9 de dezembro de 2007
"relatório da tese"
8 de dezembro de 2007
Malhas - cold wind to valhalla, jethro tull
Os Jethro Tull foram algo deste género: o Ian Anderson aos comandos de uma Locomotiva, a alta velocidade, levando nas carruagens meia dúzia de dançarinos dos Riverdance, porcos, um jacaré e um bando de pigmeus, para além da já habitual hortaliça, atropelando de rajada o Bob Dylan e o Jonhy Cash ao mesmo tempo.... vruuuuusshhhh!!! - era ver violas e roupagens negras de cowboy a ser esmagadas pelos campónios ingleses em potência, com os poderes ancestrais dos celtas!(metáfora da evolução do folk)
E o Ian Anderson a saltar ao pé coxinho freneticamente, com um canto da boca canta, com o outro toca flauta de forma completamente tresloucada, e, eloquentemente, inflamado, grita imprópérios aos ricos e poderosos, abaixo os senhores industriais!
Para descoberta obrigatória este "Minstrell in the Gallery" e, principalmente, "Aqualung", álbum basilar do rock progressivo e um dos primeiros álbuns conceptuais da história da música popular anglo-saxónica, do princípio ao fim desenvolvido sobre a antagonia "deus/religião", através da personagem do mendigo, encarnado por Ian Anderson, Aqualung. Se não "tiverem medo" nem tenham sentido um arrepio perante a aparente "foleirice" que esta música vos pode parecer, descubram "Locomotive Breath", "Minstrell in the Gallery", "My God", "The Witch's Promisse" ou um "Songs for Jeffrey"...
(os Jethro Tull foram bastante influentes para grande parte das primeiras bandas de rock pós-25-de-abril em portugal, como é o caso dos tardios "Trovante", cujo "famoso" "Menina das 7 saias", ou raio que o valha, é um autêntico PLÁGIO do "The Whistler" - tirem conclusões; mas cuidado, os Jethro Tull também foram conhecidos por influenciar esse estilo duvidoso que dá pelo nome de "Power Metal", ou "metal progressivo foleiro", de bandas como os Rhapsody e afins... se não acreditam escutem o "Broadsword and the Beast", e não, este álbum não é dos Iron Maiden...)
7 de dezembro de 2007
À entrada do inferno!
Não sei se abra ou se fique por aqui. Agora que aqui estou sinto-me inquieto, nervoso, confuso, apetece-me roer as unhas, mas metem-me nojo, sinto a pele de galinha a invadir-me o corpo e no momento digo: - chega, já cheguei até aqui, agora vou entrar! A minha mão aproxima-se da maçaneta o meu coração bate a 260 por segundo, fecho os olhos respiro fundo e abro a porta. Num misto de ansiedade e receio, sinto por fim e pela primeira vez, o conforto calmo e quente do inferno, passivo autómato e principalmente adulto.....
6 de dezembro de 2007
3 de dezembro de 2007
1 de dezembro de 2007
purple rabbit
*
...há dias com uma estranha capacidade de se metamorfosear, como se num momento estivesses numa paragem de autocarro, numa biblioteca a estudar, e noutro tudo explodisse e se recombinasse numa combinação absolutamente improvável!, depois deitas-te, vais dormir, recombinas todas essas imagens em sonhos, viajas ininterruptamente pela noite, para no fim acordares, em calmaria, para um contrastante "dia de nevoeiro".
Hoje acordei para uma manhã enublada. As cores brilham do exterior da janela através de uma matriz baça, cinzento, azul, branco sujo e matizes amareladas, brilho fosco... para onde foi a noite circense? O vermelho, o laranja, o roxo dessa camisola? ...foi ontem, mas será que tudo aconteceu realmente?, ou foi apenas mais um desses sonhos em que não tenho mão, como uma Alice num país de maravilhas tresloucadas a dançarem à sua volta, mas esta sem lhes poder tocar, em momentos sobrepôe-se aos acontecimentos, cresce desmesuradamente, noutros diminui ao tamanho de um insecto, sendo dominada por toda a magnitude do ambiente... mas em todos esses momentos a Alice esteve fora, expectante, espectadora, personagem principal de um filme lynchiano, personagem secundária da vida real.
Segui a estrada com uma leve ideia de onde me haveria de levar, segui-a descomprometidamente, perdendo-me deliberadamente e então apareceste, uma coelha vestida de roxo, dançante e coxa... e a música era de outro mundo, um mundo onde ainda se vibra ao som de "saturday night", de um "é o bicho é o bicho"... "onde estou eu", pensei, o que está a acontecer?.., estarei a perder controlo sobre esta realidade? E sangria, vinho e cerveja, sangria entornada, coelha roxa tresloucada, e eu...
...e eu a desejar esta coelha vestida de roxo que me quer matar...
...mas acordei para uma manhã enublada, as cores brilham em matizes de branco, o vermelho circense já se foi... estou sóbrio, and the purple rabbit was gone.
*
29 de novembro de 2007
Malhas - no quarter, led zeppelin
O Ian Anderson (Jethro Tull) em tempos disse que, caso os Led Zeppelin tivessem outro vocalista (ele próprio!), seriam a melhor banda do mundo, porque já tinham o guitarrista (Page), baterista (Bonham) e baixista (Paul-Jones). Caso se consigam abstrair do facto do Robert Plant parecer um clone farsola da Janis Joplin, e caso se abstraim também de uma certa ambiência folk/foleira de algumas das suas canções, poderão apreciar outras coisas que, aí sim, talvez os Zeppelin tenham sido pioneiros. Por outro lado, poucas bandas se podem orgulhar de apenas ter produzido álbuns que se tornaram clássicos; do início ao fim, álbuns audíveis do início ao fim, sempre com POWER, com um pouco de tudo... talvez lhes faltasse a conceptualidade de uns Jethro Tull, ou mesmo Pink Floyd, mas os Led Zeppelin foram apenas ROCK.
Este No Quarter leva-me mesmo para outra dimensão... é verdade que a bateria às vezes quebra essa viagem, e também é verdade que a voz me faz pensar que estou num mercado de fruta e vegetais na Inglaterra rural... mas é como se as carroças e hortaliças se elevassem no ar e começassem a libertar gases púrpura, levando-nos numa tripe psicadélica sideral.
(a descobrir o filme "The song remains the same", retrospectiva dos 4 primeiros álbuns mais "Houses of the Holy", por muitos a fase mais interessante desta banda, contudo saliento o "Physical Graffiti", genial; no filme a versão do No Quarter apresenta um Jimmy Page a "tocar violino", na guitarra eléctrica...)
"os Led Zeppelin juntaram-se em estúdio para ver se ainda conseguiam tocar (...) Jimmy Page partiu um dedo mas o resultado deu origem a uma reunião num próximo concerto em Inglaterra..." in Única, Expresso
27 de novembro de 2007
Malhas - paranoid, black sabbath
Abro com os óbvios (e sobrevalorizados, mas nem por isso menos influentes) Black Sabbath, talvez a primeira banda para "malta da pesada" (aposto que o Júlio Isidro só soube o que isso era com os Xutinhos e Pontapezinhos, mais de 10 anos depois), a primeira banda metálica (sem esquecer que o estereótipo do metaleiro é sempre um António Freitas Megadéfe), uma nova rubrica com a qual pretendo fazer uma restrospectiva TENDENCIOSA (NÃO SE TRATA DE UM TRABALHO SOBRE MÚSICA PORQUE EU NÃO PERCEBO NADA DO ASSUNTO) daquilo que me influenciou a mim e que, acima de tudo, penso ter influenciado todo o rock (que para mim é "o de qualidade"(?)...) Ou seja, tentando não ser parvo, vou apenas passar algumas "malhas" que penso terem realmente POWER (isto em resposta aos Wild Boys que muito me irritam).
Como é muito natural que não venham a concordar com as escolhas, peço portanto que comentem ou postem as vossas próprias escolhas... talvez assim nos possamos conhecer melhor uns aos outros e acabar por descobrir que não somos assim tão diferentes... porquê começar pelos anos 70? Porque foi a geração dos nossos pais, a geração do 25 de Abril, a geração que viu entrar a cultura pop pela porta da frente (não houve anos 60 para Portugal, só Amália e Beatles cá entravam... e mesmo esses eram subversivos).
PS1: caso tenham gostado desta (ou nunca tenham ouvido falar nisto), recomendo "Planet Caravan", "Snowblind" "Supernaut" e "Symptom of the Universe"; caso sejam "Gó-gós", talvez a "Black Sabbath" (primeiro álbum) seja mesmo a melhor... (die die die!)
PS2: juro que o som é melhor do que isto, mas em ordem a colocar música no blog, tenho de o fazer através da edição de um vídeo; não coloco links de YouTube porque os vídeos do YouTube não são permanentes.
26 de novembro de 2007
Do Androids Dream of Electric Sheep?
Não existe maior bofetada do que a compreensão absoluta da morte e do que representa. A Morte Absoluta. O FIM de tudo o que conheço; o fim para MIM, para o EU, para esse TU que neste momento vês em mim. O fim do mundo, pelo interior, da morte individual, no indivíduo, esse fim da consciência e a destruição de um mundo que não se repete; jamais, nunca outra vez. The end.
Tudo o que sei de mim, tudo o que sabes de ti, tudo isto não são mais que programas de software ultra-complexos, como se a natureza, através da sucessiva complexificação das suas estruturas elementares, a partir desse passado mítico do Big Bang enquanto início de algo, se tivesse aprimorado em formas conscientes e iludidas da sua individualidade que somos tu e eu, e eu em cada consciência de si, e tu em todos os outros. A explosão a partir da elementar singularidade e a sucessiva agregação de matéria, pela gravidade, pelo electro-magnetismo, pela força-forte, pela matemática... e os elementos em estruturas cada vez mais complexas, e a energia em micro-partículas, as micro-partículas em quarks, e estes em átomos, iões, e em moléculas, e em estruturas cada vez mais complexas, e na célula. E a célula em agregados, e em especialidades, em tecidos, e em organismos. A inteligência enquanto complexificação da consciência, e esta enquanto mecanismo de sobrevivência de estruturas que não o seriam de outro modo. Somos um programa.
Sou a memória de toda a minha experiência, sou essa informação no cérebro, no ADN, na estrutura matemática do que sou feito, na estrutura das componentes sociais em que fui incubado – eu sou o fruto da complexificação de estruturas. Como se o Universo se tivesse auto-gerado, numa singularidade catastrófica, e só passadas centenas de milhões de anos pudesse tomar consciência do sucedido na singularidade de cada ser humano consciente, e apenas nesse momento se pudesse contemplar através do olho humano, de um Hubble, do olho de um universo que se olha ao espelho... Mas onde estou EU? ...em cada célula cerebral que envelhece perco um pouco de mim e, quando morrer, todas essas memórias morrerão comigo... desintegrar-me-ei uma por uma, ou todas em simultâneo, não existe realidade alternativa que acolha essa energia eléctrica... morrendo aqui, toda a memória “deste mundo” morre comigo, tal como todas as memórias dos biliões de seres conscientes que me antecederam; como num “format C:” no disco rígido de um computador, onde toda a informação DESAPARECE para nunca mais voltar, assim se desliga o ser humano, consciente de SI pela complexificação dos mecanismos de sobrevivência, com sentimentos e emoções geradas por enzimas libertadas no sangue, com toda essa necessidade de dar sentido à singularidade da sua existência.
Isso é assustador.
Porque EU sinto, EU sofro, EU choro, EU danço, EU esforço-me, EU falho, EU... "mato"?, EU perdoo... mas tudo isto pela matemática, tudo isto pela complexidade da estrutura que o universo construiu para mim!(?)
(...)
Não!... ...pela complexidade que EU construí para mim!, a partir do momento em que nasci (nascemos!), a partir do momento em que tomámos decisões, mudámos a nossa estrutura interna, mesmo que esse tenha sido o propósito que o universo tenha projectado para esta complexa forma que é “o ser humano consciente de si”, mesmo que o fim último da complexificação de estruturas seja a constituição de "entes criadores", mesmo que toda esta gigantesca reacção em cadeia resulte nas entidades que somos NÓS, TUDO aquilo que fomos a partir desse instante foi por NÓS escolhido dentro dos parâmetros do livre arbítrio que a complexificação de energia em moléculas de ADN permitiu. Se temos livre arbítrio é porque o nosso software foi “desenhado” para tal. Mas isso faz das nossas acções e pensamentos processos previsíveis a priori? ...Não sei.
Gostaria de me poder deculpar a toda a gente, e para todas as situações em que se justificaria com a única frase “foi o meu sentido de sobrevivência a falar”, e o meu sentido de sobrevivência não depende de mim... foi pelo teu sentido de sobrevivência que não aceitas uma evidência que te é nefasta, foi pela minha natureza que não o entendi, é pela estrutura interna que o ser humano não é capaz de ser mais, mesmo tendo a possibilidade de escolha, essa “voz interior” é muito mais forte... “bate-lhe”, “fode-a como ela merece”, “responde a esse cabrão”, SOBREVIVE.
A realidade é que falamos tantas vezes em egocentrismo sem percebermos que o egocentrismo é uma característica intrínsecamente humana, é o egocentrismo que nos permite sobreviver, sem egocentrismo já me teria suicidado há muito tempo, no primeiro dia em que me disseram “és estúpido” eu teria acreditado, no primeiro dia em que não houve disponibilidade de parte a parte. Porque apenas se trata de disponibilidade... disponível para ouvir, disponível para sentir, para amar, para perceber. Cada um tem o seu mundo, cada um tem o seu banco de memórias, fruto de uma vida de escolhas que fizémos e que fizeram por nós, cada um é singular, não existem melhores e piores, existem apenas REFERENCIAIS. É a partir de cada referencial individual que nos avaliamos mutuamente, que fazemos juízos, é através da disponibilidade que criamos a possibilidade de deixar que esses referenciais sejam a(in)fectados por quem (nos) marca a diferença... porque no fim há apenas o medo do desconhecido, o apagar de todas essas experiências, a (in)justificação de toda uma vida de trabalho árduo, tudo para nada... tudo, para esse TUDO que foi o momento em que vivemos, tudo para esse universo que nasceu de uma singularidade da líbido e que se extinguiu no outro extremo, mas que teceu nessa progressão uma imensa teia de referenciais, que tocou, que disse "ESTOU AQUI" da maneira e forma que conseguia e sabia expressar, e a quem o expressar, porque tudo acaba por ser feito para alguém(?)...
...talvez agora tenha compreendido o fim último da "arte". Faltou disponibilidade, talvez a mesma que neste momento me falta para poder sorrir, para compreender coisas que já disse... para responder a alguém que me fala neste momento (...) era eu tão diferente então? Será tão importante a singularidade se nós não somos singulares?
Somos estruturas complexas, tramas intrincadas, somos mais do que singularidades, somos nós e somos outros, apenas precisamos de nos encontrar disponíveis. E isso acontece... ...às vezes.
*
24 de novembro de 2007
arquitecto superstar
A "meditação transcendental" do "Arquitecto Superstar" é, assim, completamente diferente da do "Cineasta Superstar" (?) O criativo, através do processo de libertação do corpo (estranho), atinge então esse estado iluminado que lhe permite averiguar o resultado da obra, depois, basta então escolher de entre o enorme manancial de possibilidades que a obra apresenta. E esse "estar-em-si" da obra, que o obrar possibilita, começa a nutrir os seus efeitos, quer no ambiente, quer no espírito; é esse "repousar-em-si-mesmo" que revela a verdadeira essência da obra - a construção de um Mundo (M. Heidegger).
23 de novembro de 2007
22 de novembro de 2007
Wild boys / traumas infantis!!!
hoje de manhã tive uma remeniscência dos anos 80...lembrei-me quando era pequena ia no carro com os meus pais para a escola, eles de cabelos frisados, calças justas, camisolas de lantejolas e de madeixas pirosas vibravam ao som dos duran duran.... enfim traumas infantis, contudo acho que não devemos desmerecer aquilo que preencheu a nossa fase mais absorvente da vida.
aqui está mais um contributo para a rubrica "infância nos anos 80"!!!
21 de novembro de 2007
tu es hetero?...
...entao se es hetero, é porque bebes tagus.
mesmo que nao sejas, bebe "á mema" que ficas hetero.
tagus...hetero...tagus...hetero....tagus...hetero...(vai desvanecendo aos poucos)
19 de novembro de 2007
o outro lado do espelho
É nessas alturas em que (tomo um Royco cup-a-soup) saio para a rua, mesmo sem o querer, e isto de uma forma bem vincada, mas vou e parto. O frio, diria mesmo gelo, entranha-se pelas narinas. Eu cerro-as com o intuito de estreitar a passagem de ar, dessa forma iria aquecendo à medida que entrava, mas não funciona e então aconchego o cachecol mais acima. Doem-me os pés. A merda das botas estão meio soltas, mas o tamanho não poderia ser outro; para além disso as calças caem-me para baixo porque me esqueci do cinto. Esqueço-me sempre da merda do cinto. Continuo, sabe Deus(!) para onde(?), mas nem Esse sabe. Passo por pessoas, velhos a correr, porventura com um ritmo cardíaco melhor que o meu, outros limitam-se a andar e vão encontrando amigos pela rua, camaradas da sueca e compinchas do tricot – finto-os à velocidade que o andar rápido me permite e faço-lhes grandes “razias”: vuuussshhh. Sabe bem(!) e então, são os carros a fazerem-me razias a mim e a surpreenderem-me através da extrema estupidez dos seus condutores; "repentes" e sustos vão, desta forma, e num processo contínuo, marcando um desagradável compasso que me vai acordando desse “sleepwalking” em que me costumo encontrar. Será a culpa do mal-estar generalizado dos condutores agressivos? Nesses momentos penso que sim. Não sei, talvez essa absurda instabilidade seja o que me impede de usufruir condignamente da minha alienação... Nunca se pode ser alienado em paz. Há sempre alguém a chatear e a chamar-nos para a realidade. Eu só queria poder ir andando, se possível com os olhos o mais fechados possivel, se possível sem sentir os pés de encontro ao solo, se possível sem sentir cansaço... se possível.
Como afastar os “pensamentos negativos” da cabeça? Não sei fazê-lo, apenas sei que, para mim, o processo é doloroso, e nesse caminho encontro cada vez mais pensamentos negativos e... medo. Tenho sempre medo. Constantemente e de tudo.
É acordar de manhã com a mente ainda agarrada a algo bom, que acabou de acabar, e arrastar-me para a casa de banho constatando que é um estranho que me contempla por detrás de uma expressão seca, semi-surpreendida, triste em constatar que talvez tenha de levar COMIGO todos os dias, e que todos os dias terá de Me ver reparar na sua deterioração progressiva, porque um dia apenas EU me libertarei, ESSE, será apenas mais um monte de merda, e nessa altura voltará a todos vocês, a quem pertence. Nesse dia encontrar-nos-emos do “outro lado do espelho” e finalmente NOS poderemos contemplar. Até lá...
18 de novembro de 2007
Sailor Moon Portuguese Sailor Stars Opening- [Portugal]
acho que estes desenhos, animados tinham a função pedagógica de iniciar os meninos na vida sexual!!!!
contudo, foi um dos desenhos animados mais visto nos anos 90 por raparigas de 10 anos!
como se pode constatar os danos colaterais dessa visualização exaustiva, andam por ai!
meditação transcendental
Experimentem ligar os botões de todos os vídeos do blog em simultâneo e terão uma experiência que, a princípio, próxima do autista frente à barraca das farturas na feira popular (que sim, já não existe, mas faz de conta caralho; isto trata de mantras), acaba por ganhar contornos de "meta-parvoíce" (isto que estão a ler é dito por uma vozinha agudazinha e chatinha), ou seja, de algo que para além do parvo se aproxima dessa instância da transcendência. Não tenham medo, "irmãos", sim, porque "o medo está sempre presente", deixem-se levar por esses multimedia e fechem os olhos... (não se esqueçam de ir respirando lentamente)
17 de novembro de 2007
Quero ser amigo da Becky 69...
Palavras... para quê? Terei chorado a rir com isto por ser "desenho animado de crianças" (para crianças) ou simplesmente porque o Tom Sawyer é intemporal? Acho que TODOS, os que foram crianças, podem, de alguma forma, encontrar, com bastante facilidade, lugares comuns nestas situações intemporais; se todas as crianças se identificam com o Tom Sawyer, penso também que todos os adultos o poderão fazer, nem que mais não seja por poderem tomar conta da evidência de nem sempre o terem sido - adultos.
16 de novembro de 2007
My Little Pony Opening
no seguimento da rubrica lançada...
aqui estão os pequenos poneis, para todos aqueles que não têm vergonha de admitir que viram....
p.s.- o exercicio de rever a nossa infância através de desenhos animados, dá me arrepios! depois de verem o post percebem imediatamente o que quero dizer!!!!!
14 de novembro de 2007
ThunderCats-HO!
Abro desta forma uma nova rubrica que pretende fazer uma retrospectiva (obviamente TENDENCIOSA) da nossa infância nos anos 80!
As coisas que víamos estão pejadas de referências descaradas à cultura pop das décadas de 70 e 80, no caso dos ThunderCats (e principalmente do He-Man), o Star Wars é bastante e ridiculamente evidente.
Era através dos desenhos animados e da BD que nos era permitida a entrada nessa cultura, pelo facto dos filmes "não serem para a nossa idade"(!) Para muitos de nós foram os desenhos animados que primeiro nos mostraram certos universos ("lá em cima... há planícies sem fim, sinfonia feita de setim") e ambiências que só mais tarde viemos a confirmar e a redescobrir (eu, por exemplo, vi a Guerra das Estrelas com 9 anos e fiquei a noite inteira sem dormir, aquilo foi demais para mim e estava excitadíssimo). Portanto, da mesma forma que as gerações anteriores buscavam inspiração nos livros do Emílio Salgari e "coboiadas", a nossa buscava na TV. Se estas memórias de infância se resumem a TV? Lembro-me antes das inúmeras e imensas brincadeiras em que encenávamos mil e uma aventuras, como todas as crianças fazem (ou faziam?).
13 de novembro de 2007
12 de novembro de 2007
"nós na nossa vidinha miserável!"
27
11 de novembro de 2007
Domingo
Há uns anos atrás foi a mega-feijoada, agora é o mega-magusto, a celebrar na Praça do Comércio.
Quanto a mim, neste dia de agua-pé e castanhadas, preferia o contacto da pele, o toque e o cheiro. Bom, mas isso também se pode sentir com a caracterítica javardice das mãos daqueles que as vendem "quentes e boas"! Por hoje, já me chegaram as mãos encardidas do vendedor de jornais, que cuidadosamente confirmavam 40 cêntimos em moedas de 0.01€ e0.02€.
Alguns hão-de pensar "olhó menino à procura de sensualidade no dia de S. Martinho!".
Sim.
8 de novembro de 2007
Queres ir para a Marvel?
Festival Número-Projecta 07
De 8 a 14 de Novembro decorre o Festival Número-Projecta 07 - Festival Internacional de Artes Multimédia, Cinema e Música de Lisboa. Para mais informações, acede a:
http://www.numero-projecta.com/home.html
5 de novembro de 2007
1 de novembro de 2007
simplex
com o simplex (programa de simplificação administrativa e legislativa criado pelo governo), acabaram-se os tempos de espera nos apertosinhos de mao, nao ha tempo a perder, temos que simplificar a coisa...ainda por cima com tantos lideres europeus (pessoas de elevada importancia, ou melhor, fortes cunhas para uma boa carreira politica internacional) ali a volta.
o vb teve a mesma ideia, mas infelizmente nao foi bem sucedido na colocaçao do video, sendo assim, este é um post com dupla autoria.
30 de outubro de 2007
29 de outubro de 2007
pronto agora e que nos f******!!!!
simone brewster, "office- collar"
imaginem que isto pega e para além de sermos explorados ainda temos de usar estes capacetes!!!!!
27 de outubro de 2007
26 de outubro de 2007
No Direction Home - Bob Dylan
HM, já descobriste o perfil genético dos "não cool"?
23 de outubro de 2007
A ciência terá limites?
20 de outubro de 2007
18 de outubro de 2007
o homem do lixo
"apanhas o lixo e enfias-o no cú"
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=189216084
(co-contribuição de hm)
17 de outubro de 2007
15 de outubro de 2007
12 de outubro de 2007
Fatima, Mormons...
(isto era só para assinalar a nova igreja de fatima)
a minha tia tinha lá em casa um pequeno livrinho preto, como os caderninhos Canson, então pus-me a ver aquilo que dava pelo nome de "Livro de Mormon" e sim THIS IS ACTUALLY WHAT THE MORMONS BELIEVE!!
luna 7
Não digas "não te esquecerei", em vez, esquece-te, para depois te lembrares, às vezes... porque eu tenho-te esquecido e lembrado, todos os dias, desde que deixei de te recordar no presente e em todo esse tempo julguei te ter esquecido. Um presente vivo apenas em memoria, um passado presente... ...porque foste sempre memória desde o primeiro instante em que me lembrei de ti.
(remix koolhaas/the_doors-the_end)
11 de outubro de 2007
Xiu Xiu - Crank Heart
...para quem não conhece os Xiu Xiu; se quiserem saber mais http://www.popmatters.com/music/reviews/x/xiuxiu-fabulous.shtml
Cockbreaking
Bem haja o arquitecto Pedro Duarte Bento, pela magnífica apresentação do trabalho "Cockbreaking, a metamorfose do falo", que decorreu no dia 9 de Outubro, na Sociedade de Geografia de Lisboa!
Descubra as diferenças!!!!
É inevitável a falta de seriedade de alguns portugueses…
Se são arquitectos especializem-se na arquitectura e deixem a fotografia para quem sabe!
Infelizmente e contra mim falo os arquitectos portugueses acham se sempre capazes de tudo contudo nem sequer têm a humildade de referir quando o seu tema não é original. Consequentemente o resultado é o que se vê.
Deixo aqui uma nota piedosa, para o arquitecto Pedro Duarte Bento, que mais uma vez e como português decepcionou, não deixando de exibir os seus galardões, sem mencionar a efectiva falta de originalidade recorrente a prática da fotografia.
Se querem ver bom “shipbreaking” sem snobismos e palestras da seca na sociedade de geografia de Lisboa, visitem o site do fotógrafo Edward Burtynsky nele encontrarão excelentes fotografias relacionadas com o tema e um conjunto de outras que os elucidarão sobre o assunto do sublime na decadência!!!!
9 de outubro de 2007
Pornografia intelectual.
Num acto estrondoso de despojamento virtual, percebo que um blog não passa mais de pornografia intelectual ego centrista.
Nele ditamos as regras aparentes daquilo que somos e daquilo que queremos, num acto estranho de revelação das entranhas, à escala mundial.
A exposição das vísceras faz-se diariamente com o intuito de fazer girar o mundo, fazer com que este, olhe-nos nos olhos e diga “afinal és um entre milhões”.
Contudo como fazer isso, o corpo deixa de ter forma e subjuga-se à imagem virtualizada de cada um. A retenção corpórea acaba e nele sentimos o conforto da omnipresença e do infinito. Ter acesso a tudo através de um click, livrarmo-nos de tudo como quem vira uma página, esquecermo-nos daquilo que somos, são facilidades inesgotáveis no mundo virtual….
Todavia ao mínimo incómodo de uma mosca lembramo-nos que a barreira do corpo continua, as artroses nos dedos, a dor latejante dos cotovelos e o rabo dormente, não nos deixam esquecer que por mais que queiramos não conseguimos, continuamos presos a uma carcaça que nos impede transcender à real existência do ser, tal como queríamos que ele fosse, ausente de matéria, de constrangimentos onde o nu da alma supera o nu do corpo. Apercebemo-nos então, que afinal somos mais um entre milhões continuando a definhar fatalmente com as malfeitas mundanas sem transcendências, assoberbados de moralidades e de contradições sociais.
Dimmu Borgir
Queres ver meninas-fetish e metaleiros? Então dirige-te hoje (09.10.07) às 21h, ao Coliseu dos Recreios para mais uma reunião com o Satanás!!!
5 de outubro de 2007
Russo o homem do táxi
Foda-se, e o caralho, foi fodidissimo entrar aqui nesta merda; qual nao é o meu espanto e tenho esta merda ligada já agora vou aproveitar e dizer uma merda qualquer. Estou todo bebedo e é engraçado ver essas perninhas de madeira ou bambu ou o q é isso a andarem por aí, mas apesar de estar bebedo parece-me que isso é mais esquisitoide que uma simples "roda", a roda é mais simples e bela isso parece-me uma cena parva, sei lá, nao percebi nada disso, ya e anda-se na praia mas depois fiquei farto disso e andei para a frente e era só cascatas e fartei-me disso. Entretanto o russo do taxi (era assim que ele dizia q o chamavam porque ele tinha a mania que era o maior) levava putas no taxi «que diziam que o gps era bué fixe e ele tb era engraçado, entao eu ri-me e viemos a falar de putas o caminho todo apesar de eu nao saber o que é uma puta porque nao sei distinguir, para mim as putas sao extraterrestes e sei lá, nao sei, se calhar sao fixes, mas tenho medo delas, preferia alguma gaja qqr q nao me fizesse atrofiar muito os cornos, Entretanto é engraçado subir a ladeira como num subida rolante, uma espécie de bueiro que te suga por ali acima em direcção ao caralho mais velho e então a porta afigura-se ao longe, bem apagada mas contudo bastante nitida na instancia sonho, o suficiente para te aperceberes desse amargo/doce mal-estar do sonhar-acordado, uma porta a balouçar e a tremer no negro dos olhos se um sabor a ovo de amburguer com sal e pimenta fresca que sacode os timpanos como se nao houvesse mais estomago a quem os pobres dar. E a noite é crua e divina como uma sereia morta nas praias vulcanicas de neamor, estou morto mas a porta balança e a cama chama para um sonho esplendido de melancolia embriagada.... foda-se, esta merda sabe bem e o russe comia a sputas que lhe davam bicos em troco de boleias a clientes doutores, ai o sacana do russo que tinha um gps, palhaço do caralho que vai para espanha dar boleia a mais uma cona ressaviada.
O bairro estava a bom, a mesma merda de sempre, entretanto uma gaja vira-se para mim e diz "donde é q eu conheço este gajo?" e eu digo-lhe q nao tenho paciencia e q ela va para o caralho, ela entao diz aos amigos sim senhor era mesmo isto q eu queria ouvir, entao o pessoal todo contente dança e canta enqueanto a sangria ressalva das barrigas a rebentarem para o sol negro. é muito bom, sim senhor, e o senhor vitor paga sangrias, e angkor wattt a brilhar e o cabrao ja esteve em todo o lado do mundo, as teclas sao mesmo fodidas, desculpem, mas o gajo pagou crevejas e o pessoal ria e RIA BUÉ era mesmo um ambiente bom, entretanto passa o piriló do joregó santos e o amigo paneleiro e fingiu q nao viu e eu gritei jojo faz-me um bobo e o cabrao foi fazer cenas de intelectual porque sao cenas e que ele faz bem acho eu. entrenatno dei com o bar que queria, aquela merda ficava na paneleirice da rua da bica, era so pessoal a falar de cenas pseudo (foda-se enganei.me) e a dizerem "ya sim e o espaço e o volume" e eu que se fodam voces todos, entretanto havia as escadas e subimos e o admastor. POnte 25 de abril mas sem verinha desta vez, uma granda merda, as espanholas ainda meteram converas mas eram putas e eram parvas e o caralho entretanto fuma-se mais uma q e q se foda.
Mas eu quero que isto seja digno deste blog entao deixem-me dizer espaço, coisa bifurcam, patio, viva o patio e a arquitectura e as cenas industriais, esta, o hm gosta porque ele gosta de grafitit industrial, es um gajo fixe mas não bates bem dos cornos, Gosto bue de voces (isto é para finaliazar) e beijinhos heterossexuais para todos, para a rz é um grande beijo homossexual para nao haver confusoes, amor para voces todos e viva o estadio do dragao, Boa noite e ate segunda feira.
4 de outubro de 2007
...para as naves arquitectónicas
"esta estrada de Entephful te leva ao fim do mundo, mas esta estrada, se for seguida sempre em frente, volta a Entephful, pelo que o Entephful é esse mesmo fim de mundo que vinhas a buscar"
Bernardo Soares
Acho que é mesmo como dizes, a limitação física nunca deverá ser condicionante de uma mente que pretende viajar; a instância platónica da viagem acontece no interior.
Rubrica Fluribéla: PETIÇÃO
Caros colaboradores, leitores e hifive-nautas, a rubrica fluribéla vem por este meio solicitar a vossa contribuição no engrandecimento da nossa, ainda bastante limitada, base de dados: precisamos de fotografias para futuros posts! (raios partam!)
Recebemos cartas perguntando acerca da afiliação do elemento dado pelo nome de código "Deputado" nesse partido das "Arquitectas brochistas" - pois bem, em primeiro lugar, e como ficou explícito no post "Quero ser Epsilon", a partir de então passou a ser "sem rascunho"; em segundo lugar - SIM O DEPUTADO É UMA ARQUITECTA BROCHISTA (para além de comer qualquer merda que tenha o carimbo de "isto foi dito por um senhor professor").
Muito obrigado pela atenção e disponham.
PS: Enviem dúvidas, outras questões e o que entenderem porque a redacção do tiralversion#1 terá todo o gosto em responder.
Ainda a propósito de “naves arquitectónicas”
[an interview with Lebbeus Woods to bldgblog]
(...) i think there’s not enough of that thinking today in relation to cities that have been faced with sudden and dramatic – even violent – transformations, either because of natural or human causes. But we need to be able to speculate, to create these scenarios, and to be useful in a discussion about the next move. No one expects these ideas to be easily implemented. It’s not like a practical plan that you should run out and do. But, certainly, the new scenario gives you a chance to investigate a direction. Of course, being an architect(...).
Graças ao nosso primeiro mentor académico (e para muitos provavelmente único) hoje consigo perceber, que afinal existe quem consiga pensar em arquitectura, de uma maneira descomprometida e séria… (Algo que anos antes achava realmente impossível, olhando sempre para o acto de projectar como uma coisa insípida, preocupada com revestimentos e sanitas rocca!)
Assim, logo no primeiro embate, a apresentação foi feita, ao verdadeiro construtor do spunik arquitectónico – mais conhecido como senhor arquitecto Lebbeus Woods….
Que aparentemente sem se emergir nas deficiências comportamentais dos arquitectos contemporâneos, (provavelmente por possuir uma dose inesgotável de infantilidade) consegue mesmo nos momentos em que tudo desaparece e perde o interesse dar um novo ímpeto ao acto de projectar. Providenciando ao mundo novas situações e questões para o tempo e o espaço em que vivemos.
Honestamente, Sr. Lebbeus woods, Muito obrigado!!!!
P.S. - faço aqui uma ressalva em tom de contrição para todos os outros que durante da sua vida quiseram ser “astrofísicos”da arquitectura, e não conseguiram. Provavelmente o seu fatal destino remete-os a serem uns meros astronautas (contudo mais vale passar por lá (pelo espaço) do que nunca o terem visto.)
3 de outubro de 2007
sentir
"v. tr.,
perceber por meio de qualquer dos sentidos;
experimentar;
lastimar;
reconhecer;
dar conta ou fé de;
notar com estranheza, desgosto ou mágoa;
ter o sentimento do belo;
apreciar;
v. int.,
receber impressões;
sofrer;
ter pena;
v. refl.,
ter o conhecimento, a consciência do seu estado ou disposição;
mostrar-se magoado, melindrado;
ressentir-se;
s. m.,
modo de ver"
modo de projectar
(continuaçao) se os sopranos fosse em portugal...
...o junior soprano era o jose saramago